quarta-feira, 31 de maio de 2017

Quando a boca silencia, o Corpo Fala!

A dor é a primeira manifestação do corpo como resposta a algo que não está bem. É um sinal de alerta, procurando-se o alivio imediato da dor, através do uso de medicamentos, como forma de a atenuar ou mascarar. E cada dor tem a sua história, sendo mais fácil falar através da mesma, do que falar no sintoma que lhe possa estar associado. Hoje em dia toda a dor é tratável, e não há dor que dispense um tratamento. 

Nas pessoas que apresentam maior dificuldade em expressar as suas emoções, a dor parece ser mais intensa, havendo um bloqueio da expressão afetiva. Na maioria das vezes, as dores físicas que sentimos têm algum tipo de relação com as emoções. 



A mente e o corpo trabalham constantemente em conjunto. Como se se tratassem de um só! São inúmeras as dores que estão associadas a fatores de ansiedade. Estudos comprovaram que a dor crônica não é apenas resultado de uma lesão física, mas que pode ocorrer devido ao stress. Por exemplo, as dores de cabeça têm uma estreita relação com o stress constante e outros fatores emocionais, entre outras dores em que não são encontradas quaisquer causas orgânicas!

LEMBREM-SE: A dor é sempre um sinal de alerta. 

E quando a boca silencia, o corpo fala! Uma emoção negativa não falada, será uma dor a ser sentida!

É preciso intervir, e não mascarar, porque o que não está resolvido tende a repetir-se.

terça-feira, 9 de maio de 2017

A Psicoterapia - Um Caminho de Mudança

Nós humanos, nascemos, crescemos e vivemos numa imensidão de vinculos. Vinculos esses que dão sentido à nossa vida e que nos transformam pelas várias emoções que nos permitem sentir, sejam elas boas ou menos boas. 
Somos Seres de ambientes vinculares, desde a 1ª infância até à terceira idade. Ao longo de todo este processo, encontramos dificuldades vinculares que precisamos de esclarecer/resolver para que possamos continuar a nossa caminhada.

Precisamos de ter coragem para atravessar o tunel. O tunel da psicoterapia. Para se ver luz, é preciso ter coragem de nele entrar. De se arriscar. De se exporem emoções. De se tocar nas amarguras e nas inumeras acidez sentidas ao longo daquela que tem sido a nossa caminhada. Mas é preciso ir. Vale tudo menos ficar parado. Vale tudo menos desistir. Ao longo da passagem pelo tunel, reconhecem-se padrões de comportamento, atitudes, pensamentos e sentimentos. Tudo é e será questionável. E é com a questão que tudo começa!



É no espaço psicoterapeutico, através de uma relação saudável entre um profissional qualificado e éticamente comprometido que vai começar essa viagem. Pode ser demorada, mas tudo começa com o primeiro passo, e quanto mais se adiar, mais se prolongará tudo. Desde o sofrimento ao não saber viver.

É através do vinculo terapeutico que todo este processo se torna favorável. E todo este processo precisa de disponibilidade. Disponibilidade para se aceder a um Eu que pode estar desse lado a precisar de ajuda. Estará disponivel? Antes de iniciar qualquer processo terapêutico, é deveras importante sentir/perceber qual é a resposta a esta pergunta!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Adolescência - Momento de Mudança!



Quando pensamos ou ouvimos falar sobre a Adolescência remete-nos a pensar no conceito que lhe está associado. 


Mas afinal, o que é isso da Adolescência? 


A adolescência deriva do termo adolescer, da origem latina <adolescere>, que etimologicamente significa crescimento, aplicando-se especificamente ao período de vida compreendido entre a puberdade e o desenvolvimento do corpo, podendo fixar-se entre os 13 e os 23 anos, e estender-se até aos 27. 


É um período em que ocorre um importante processo de transformação a nível anatómico, fisiológico, psicológico e social, sendo uma das fases mais importantes da vida do ser humano , e uma das fases mais difíceis de entender para os Pais destes adolescentes, que muitas vezes, criam obstáculos ao seu crescimento e níveis de compreensão rasteiros neste processo tão delicado que é a adolescência, fazendo com que os seus filhos adolescentes se refugiem noutros meios (normalmente na rua), devido à falta de compreensão que por eles é sentida dentro de casa.



Este é um momento em que o adolescente não sabe onde começa e não sabe onde acaba. Tudo o que é novo lhe parece estranho. É um turbilhão de emoções, conflitos, desequilíbrios e instabilidades extremas, e o conforto e a compreensão serão as suas melhores armas para que possa ultrapassar esta fase de extrema fragilidade. Considera que o seu filho pensa que sabe tudo e não aceita uma opinião? Não reaja de forma impulsiva, porque esse é o maior desafio do seu filho. Ele só o desafiará se você, como pai, o desafiar pela imposição. Ele precisa de aprender a escolher, sem que a escolha seja sua. Deixe-o “livre”, sem contudo, o perder de vista. Abra o seu coração, para que ele abra o dele também.


É um momento em que ele vive uma enorme turbulência derivada de todo o processo transformacional que suscita conflitos que até há tão pouco tempo dependiam dos pais, mas agora ele não tem noção de onde começa e de onde termina o seu próprio corpo. O jovem passa agora por um período evolutivo de um estado de dependência para uma condição de autonomia pessoal e de uma condição de necessidade de controlo externo para o autocontrolo. O mundo do jovem transforma-se e a crescente autonomia abre as portas para uma imensa diversidade de escolhas e decisões.


Quando se fala em Adolescência, fala-se sobretudo na criação de um novo universo objetal, relacional, identitário e identificatório. Universo marcado por transformações na relação entre o Eu e o(s) outro(s), vividas com grande turbulência e que impõem um processo criativo e uma relação de ligação e de comunicação entre o interno e o externo, entre o conhecido e o desconhecido, entre o desejado e o temido.


“Tudo é novo e fugaz: o mundo, os pais, ele próprio”. O adolescente procura um sentido e um nome para a vida que efemeramente parece ter saído do seu controlo. Muitas vezes a adolescência não permite apenas as vivencias que lhe estão inerentes, mas pode ser vista como uma possibilidade de solucionar os conflitos da infância. Antes de ser adolescente o jovem foi uma criança, e toda a sua história faz história, faz vida e será responsável pelo processo de criação do seu verdadeiro EU.


Antes de mais nada, a imagem que os adolescentes nos dão é o reflexo do mundo dos adultos com quem vivem, é importante que nunca se esqueçam disto. O adolescente vive numa dialética que por vezes é sentida como insuportável. Querer crescer e querer regressar; Depender e autonomizar-se; fazer o luto da bissexualidade infantil e o despertar da heterossexualidade adulta.




Retenha apenas uma coisa: um equilíbrio estável neste período seria anormal.